terça-feira, 25 de agosto de 2009

Crianças obesas são mais vulneráveis a doenças crônicas



O risco de obesidade ao longo da vida também aumenta


Há alguns anos, crianças cheias de dobrinhas eram consideradas as mais saudáveis. Descobertas recentes da nutrição funcional, no entanto, desmentem a crença. Os estudos comprovam que a incidência de doenças crônicas, como diabetes e câncer, em pessoas mais jovens está diretamente relacionada à obesidade infantil.

O assunto será tema do workshop Programação metabólica: O elo entre a adiposidade prematura e as doenças crônicas, no próximo dia 12. O evento acontecerá às 8h30 e faz parte do IV Congresso Internacional de Nutrição Clínica Funcional, realizado em São Paulo.

A nutricionista funcional Renata Bagarolli, participante do worshop, explica que a alimentação inadequada faz com que as células ativem vias relacionadas ao envelhecimento e inibam as responsáveis pela manutenção da juventude celular e orgânica.

Em outras palavras, é como se a célula fosse uma fábrica em que, dependendo da matéria-prima, produz material de boa ou má qualidade. Quanto mais cedo começar a oferecer material de má qualidade, maior será o acúmulo de lixo no organismo e, conseqüentemente, mais rápido o envelhecimento e a ocorrência de doenças. Começamos a fazer a programação celular ainda no desenvolvimento fetal. Ela influência muito na predisposição a doenças crônicas não transmissíveis, na idade adulta , reforça Renata.

Segundo a especialista, a capacidade das células de gordura se multiplicarem aumenta muito nas crianças obesas. Quando isso acontece, o risco de obesidade ao longo da vida também aumenta, já que as células de gordura desenvolvem uma espécie de memória, dificultando a perda de peso na idade adulta.

Além disso, a adiposidade está ligada à inflamação provocada por maus hábitos alimentares e pela ingestão crônica de alimentos que provocam alergia. A inflamação é a base para doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares e as auto-imunes , completa a nutricionista.

Para evitar o problema, Renata recomenda que os pais controlem a oferta de alimentos industrializados aos pequenos. Nosso DNA não foi preparado para receber substâncias sintéticas e, por isso, acaba reagindo negativamente a gama de conservantes, corantes e estabilizantes desses alimentos , esclarece. Na lista de alimentos que devem ser controlados, a especialista ainda cita aqueles que contêm farinha e açúcar refinados, gordura trans e saturada.

Apesar de o principal enfoque do tratamento nutricional ser a prevenção, as mudanças alimentares feitas pelos adultos também geram bons resultados à saúde. É possível observar a melhora de diversos sinais clínicos, como o declínio cognitivo e a fadiga crônica, com a diminuição de indicadores da inflamação e do estresse oxidativo típicos do envelhecimento , enumera Renata.

Entre os conselhos da nutricionista para que as crianças tenham uma alimentação saudável, está o consumo de alimentos ricos em fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais. Os nutrientes são encontrados em frutas, verduras e legumes em geral e ajudam na luta contra a obesidade e o envelhecimento precoce.

Renata recomenda também sementes e óleos extra-virgem no menu das crianças. Eles contêm altas concentrações de gorduras antiinflamatórias , frisa. Já os cereais integrais são recomendados por apresentarem boas doses de minerais, vitaminas e fibras, essenciais para a saúde intestinal e controle glicêmico das refeições. Os peixes e ovos devem entrar em cena para o desenvolvimento neuro-cognitivo das crianças.

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